CSI Maia: Apresentação final

Hoje, dia 1 de Maio de 2007, foi o dia da apresentação final da disciplina de Área Projecto, onde contámos com a presença de todos os encarregados de educação, colegas de turma e antigos e actuais professores.

No fundo, foi uma festa de finalistas da nossa turma, que correu bastante bem. Toda a gente gostou das variadissimas apresentações que foram levadas a cabo pelos grupos da nossa turma, e nós, a pedido de várias pessoas (:D) decidimos colocar o video final que criámos, ou seja, a já referida curta metragem do CSI - Maia.

Semanas de 15 e 22 de Abril

Estas semanas têm sido das mais activas do nosso grupo, o que nos levou à não criação da acta da semana passada, visto que nos encontrávamos a meio de várias iniciativas. Inicialmente, tivemos toda a edição da nossa curta metragem, que será futuramente disponibilizada no nosso blog. De forma a avançar de forma mais rápida, dividimos tarefas entre os elementos do grupo. Assim, o Eduardo ficou encarregue da "direcção sonora" da curta, enquanto que eu me encaminhei para a "direcção de imagem". O João ficou mais ligado à realização da apresentação, enquanto que todos, em conjunto, trabalhámos na preparação da visita à Polícia Judiciária, que foi levada a cabo, como foi previamente enunciado, no dia 24 de Abril, pelas 15 horas. De futuro publicaremos um post com informações mais pormenorizadas no que toca à visita. Devido à edição do video, algo que nunca tinhamos feito antes, ficámos com novos conhecimentos a nível informático, especialmente no que toca aos programas "Virtual Dub" e "Audacity",que nos poderão vir a ser bastante úteis no futuro
Ainda, há a referir que foi durante este tempo que tomámos a decisão de centrar as nossas atenções na criação de algo que pensamos conseguir surpreender os espectadores da nossa apresentação final. Deste modo, as pesquisas foram terminadas, tendo o nosso grupo pesquisado sobre análises de impressões digitais, análises de dna, fibras capilares e salpicos de sangue, entomologia, tanatologia, balística, toxicologia, e, devido à última visita à polícia judiciária, ainda fizemos uma pequena abordagem à análise de documentos, análises físicas e químicas, inspecção de incêndios, diversas análises biológicas e a área de explosivos. Na criação e publicação de textos de apoio à apresentação iremos tentar apresentar as noções gerais destes temas.

Como último ponto, queriamos apenas referir que, fruto das inúmeras pesquisas e das variadas actividades por nós levadas a cabo, sentimos que o nosso trabalho é, realmente, algo que não queríamos perder, e que nos é extremamente complicado conseguir expor tudo o que fizemos nuns parcos 15 minutos. Assim, na abordagem aos últimos temas, tivemos de nos retrair um pouco quanto à sua exploração. Esperamos ainda conseguir utilizar o blog para expormos algumas curiosidades ou especificações que tenham sido retiradas da apresentação em prol da sua maior apelatividade.

Sendo esta a última postagem antes da apresentação, o grafismo do blog irá manter-se estável durante a próxima semana. Esperamos ser possível evoluir alguns pequenos aspectos, no futuro, utilizando novas ferramentas disponíveis.

Semana de 8 de Abril

Ao longo desta semana inicial do 3º período, e dando seguimento ao trabalho realizado durante as férias, conseguimos marcar a ida à polícia judiciária, que será o último passo do nosso projecto, em paralelo com a criação da apresentação final, a qual já tem sido pensada e programada. Assim, no dia 24 de Abril de 2007 iremos à delegação do Porto da PJ, na companhia do pai de um elemento do grupo, visto que o acompanhamento da professora é de todo impossível.

Ainda, e aproveitando o tempo livre que por esta altura do ano nos é proporcionado, filmámos uma curta metragem que, apesar das óbvias condicionantes económicas existentes e da inexperiência que a todos os elementos do grupo abrange, vale pela diversão que nos proporcionou, e que pesamos que irá ser transmitida a todos aqueles que irão ver a supracitada curta.
Pensamos, desta forma, manter o carácter criativo que temos apresentado, nunca prejudicando o conteúdo que é necessário passar para todos os espectadores.

Reflexão Crítica do Blog

Tendo o 2º período chegado ao fim, decidimos publicar uma autoreflexão sobre o nosso blog - um local de aprofundamento e de exposição do trabalho, cujo desenvolvimento se baseia no trabalho que desenvolvemos fora da aula.

Ao longo das 22 postagens realizadas pelo nosso grupo neste blog, pensamos ter demonstrado um grande esforço em pormenorizar todos os aspectos já abordados. Ainda assim, e apesar de todo o tempo dispendido em tornar este blog uma grande fonte de informação, pensamos que no 3º período será possível melhorar, tanto a nível de conteúdos, como a nível apresentacional. Diga-se que tentámos evitar um exagero a nível de atractivos visuais, visto que consideramos o blog como uma fonte de informação primordial - assim, preferimos aprofundar os conteúdos, direccionando o nosso tempo no cumprimento desse objectivo. De futuro, iremos tentar manter-nos nessa linha de pensamento - qualquer alteração que ocorrerá será sempre em prol duma simplicidade maior, com total previlégio para o conteúdo exposto. Pensamos também disponibilizar para download as apresentações já realizadas, com exepção das impressões digitais retiradas dos alunos da nossa turma, por motivos óbvios de protecção de identidade.

Em suma, achamos que a criação do blog é uma grande parte do nosso trabalho, e pensamos que toda a projecção por ele obtida é-nos bastante recompensadora - diga-se que este local já serviu como base de investigação de alguns grupos de outras escolas, cujo tema se assemelha ao nosso.
Assim, esperamos conseguir surpreender os bloggers ainda mais, através de algumas inovações a aguardar no futuro.

Links Científicos - Novas entradas

Na sequência das nossas pesquisas, encontrámos novos sites que têm proporcionado uma grande quantidade de informações e que se têm revelado úteis para a elaboração da apresentação. Entre eles, destacamos o "Entomologia Forense", o "STR Training Materials" e o "HpChile", que adicionámos à aba lateral correspondente aos Links Científicos, dado terem-se tornado instrumentos imprescindíveis para a continuidade do nosso projecto.

"Entomologia Forense" é um site em português que, tal como o nome indica, aborda conteúdos relativos à entomologia, esclarecendo métodos e apresentando exemplos da aplicação desta ciência em casos reais.

"STR Training Materials" disponibiliza várias apresentações em slides que explicam o método de identificação por DNA, o processo STR e as vantagens e desvantagens da identificação pelo DNA mitocondrial, entre outras.

"HpChile" é um site inglês/espanhol que aprofunda variados temas da vertente criminalística da criminologia, entre eles a balística, entomologia, impressões digitais, e análises de salpicos de sangue.

Estando feita a introdução a cada site, pensamos que a busca de informação, quer por elementos do nosso grupo quer por qualquer pessoa que veja o blog, fica facilitada.
De referir também a alteração das abas laterais - formámos a aba dos "blogs da turma" e a de "outros blogs", que incluem blogs de outras turmas e, futuramente, links para blogs relativos ao nosso tema.

Semana de 12 de Março

Com o relatório concluído e entregue à professora, direccionamos esta semana os nossos esforços para a elaboração da apresentação a realizar no final do período, que irá abordar os temas mais recentemente pesquisados e que ainda não foram alvo de apresentação à turma.

Assim, iremos abordar conteúdos relativos à entomologia, tanatologia, toxicologia, balística, e também apresentar os resultados da recolha de impressões digitais da turma. Paralelamente, desenvolvemos um caso de aplicação prática do DNA fingerprint, a incluir também na dita apresentação. De referir que muitos destes novos assuntos resultaram da entrevista ao Dr. Diogo Pinto da Costa, que nos elucidou para essas vertentes da criminologia, que até aí desconhecíamos.

Análises de salpicos de sangue - video

Um vídeo sobre a análise de salpicos de sangue e sobre as inferências que se podem obter, através destas, relativamente a uma cena do crime.

A realçar que, ao longo das pesquisas para encontrar um video ilustrativo desta técnica de investigação, encontrámos o site hpchile, que, tanto em Inglês como em Espanhol, explicam e exemplificam alguns processos importantes.

Semana de 5 de Março

No decorrer desta semana, os nossos esforços foram essencialmente direccionados para a elaboração do relatório, empregando quase todo o nosso tempo disponível para a realização do mesmo. Englobando todos os temas já abordados na apresentação, desde a aula de Biologia por nós leccionada até à pesquisa elaborada como base para as apresentações, passando pelas actas aqui publicadas semanalmente.

Paralelamente, planeámos a estrutura básica da segunda apresentação do 2º Período, a qual vai englobar pala primeira vez resultados de trabalhos práticos – a recolha e análise de impressões digitais dos membros da nossa turma –, bem como as informações mais importantes recolhidas durante a entrevista com o Dr. Pinto da Costa do INML, realizada no passado dia 1 de Março.

Entrevista com o Doutor Diogo Pinto da Costa

Como resultado da entrevista no INML com o Doutor Diogo Pinto da Costa, enriquecemos bastante o nosso conhecimento relativamente ao tema, devido desde já, à disponibilidade e clareza das explicações providenciadas pelo Doutor.
Tendo já estabelecido a diferença entre Criminalística e Criminologia, que nos foi explicitada durante a entrevista, passamos então a enunciar as áreas da ciência criminalística que mais se destacam:

- A Tanatologia (do grego thanatos - o deus da morte ) , que estuda as circunstâncias em que ocorreu a morte (possibilidade de suicídio, homicídio ou acidente);
- A Toxicologia, que estuda a presença de substâncias tóxicas no meio interno de um indivíduo aquando a altura do crime (ex.º: álcool no sangue, venenos ingeridos e todas as demais substâncias que possam alterar os comportamentos e os estados de vigilância quer da vítima quer do criminoso, ou até mesmo provocar a morte);
- A Entomologia, que através do estudo dos insectos presentes numa cena do crime (mais concretamente num cadáver) permite a inferência àcerca de vários parâmetros da morte de um indivíduo, nomeadamente a hora - através dos estadios de desenvolvimento das larvas de insectos depositadas no cadáver aquando do início da putrefacção cadavérica-, o local da morte - existem espécies de insectos características de determinadas regiões que podem depositar os seus ovos antes do transporte do cadáver para um sítio distante, por exemplo; através da análise destes ovos e larvas, é possível assim identificar o local onde a vítima foi morta;
- A Balística, que estuda o comportamento de projécteis de armas de fogo após o seu disparo, contribuindo assim para a reconstituição de cenas de crime.

Semana de 26 de Fevereiro

Esta semana foi essencialmente dirigida para as actividades práticas: procedemos à recolha e classificação das impressões digitais da turma (professora incluída), conforme explanado na postagem anterior, e entrevistamos o Dr. Diogo Pinto da Costa, no Instituto Nacional de Medicina Legal. Ambas as actividades foram realizadas com sucesso: os resultados da 1ª já se encontram neste blog, como referido em cima, e a entrevista foi também muito proveitosa e informativa, pois notamos da parte do Dr. Pinto da Costa uma total cooperação e abertura ao longo dos 60 minutos que dispusemos na sua companhia.

Os resultados da recolha de impressões digitais vão ser expostos à turma na próxima apresentação, acompanhados de gráficos e esquemas que exemplificam a distribuição dos diversos tipos na população (correspondendo, aliás, às percentagens esperadas, apesar de ser, obviamente, uma amostra muitíssimo pequena).

Para a entrevista, deslocamo-nos ao próprio INML, às 09:30 do dia 1 de Março, onde ao longo de uma hora esclarecemos e aprofundamos conhecimentos acerca do nosso tema com quem de direito: o Dr. Diogo Pinto da Costa, Mestre em Criminologia. Mostrou-se compreensivo e foi sempre muito claro em todas as suas explicações, desde as informações mais gerais (como as competências do Instituto e a sua cooperação com o Ministério Público e as forças policiais) até às mais técnicas e científicas (como as relacionadas com peritagens e autópsias). Indicou-nos também a existência da diferença entre criminologia e criminalística, sendo esta última mais direcionada para a investigação laboratorial de cenas do crime, enquanto que a primeira aprofunda o estudo científico e historial do crime em si, como os motivos de um criminoso ou os problemas da vítima em geral.A função do Dr.Pinto da Costa consiste em articular os pedidos do ministério público com as funcionalidades do INML, assim como tratar de todos os problemas judiciais do Instituto, visto ser ele também formado em advocacia. Ainda na entrevista tomámos conhecimento de mais alguns métodos de investigação aplicados essencialmente em peritagem de cadáveres, como a tanatologia (o estudo dos fenómenos cadavéricos), a toxicologia, a entomologia e a balística

Para concluir, iniciamos também esta semana a elaboração do relatório, a entregar à professora no final do corrente período.

Actividade experimental - recolha de impressões digitais

Como já tinhamos falado anteriormente, decidimos levar a cabo o protocolo experimental disponibilizado aqui, tendo decidido utilizar, como material, um lapis nº 1, fita cola transparente e duas folhas de papel. Passo então a explicar o procedimento:
Riscando uma área de uma das folhas, cria-se uma espécie de "poço de tinta", onde se passa o dedo de forma a sujar a falangeta. De seguida pousa-se o dedo na parte colante da fita, retirando-se a impressão digital. Colocando a fita cola na outra folha de papel, indicando a direcção da ponta do dedo e anotando o "dono" dessa impressão digital, dá-se por concluído o procedimento. De seguida digitalizámos, classificámos e organizámos os resultados obtidos, que aqui publicamos:

Prof. Mónica Meireles - arco plano;
Bruno - círculo plano;
Cláudia - arco em delta;
Eduardo - loop radial;
Eunice - arco plano;
Inês - loop umeral;
João - loop radial;
Luís - círculo plano;
Manuel - acidental (arco em delta com loop);
Mariana - loop umeral;
Miguel Maia - loop umeral;
Miguel Sá - arco em delta;
Paula - circulo plano;
Raquel - loop radial;
Rita - loop umeral;
Sá - loop umeral;
Sofia - círculo plano;
Valter - loop umeral;
Zé Pedro - arco em delta.

Podem visualizar os diversos tipos de impressões digitais neste site.

e seguir a explicação de cada uma, traduzida no seguinte post do nosso blog

Impressões digitais - avanços tecnológicos

Este novo vídeo explica o funcionamento de um aparelho - o IBIS - que tem sido usado nalguns locais da California. O aparelho recolhe impressões digitais "in loco", sendo estas imediatamente enviadas para uma base de dados, onde se procederá a análise da mesma. Alguns minutos depois a informação obtida é transmitida para o IBIS. Assim, é facilitada a identificação de indivíduos procurados por determinados crimes, tornando-se também mais rápido detectar possíveis mentiras utilizadas pelos infractores para tentarem enganar a polícia.

Semana de 12 de Fevereiro

Durante esta semana, os nossos esforços centraram-se em desenvolver a 2ª apresentação à turma, onde foram expostos todos os conhecimentos atingidos. Assim, no dia 15 de Fevereiro, no auditório da escola secundária da maia, procedemos à demonstração do trabalho efectuado ao longo deste 2º período, já aqui previamente documentado.

Para além disso, há ainda a referir que a autópsia tem sofrido inúmeros adiamentos, tanto por parte do D. Duarte como por parte do IML, o que nos impede de dar qualquer certeza sobre o assunto - apenas podemos afirmar que faremos os possíveis para que a visita se realize.

Nesta 2ª parte do 2º período, com os contactos com a PJ, IML e FCUP já iniciados, pretendemos dar continuidade aos mesmos, tentando estabelecer datas e objectivos para as visitas.

Dna fingerprint

Um video que exemplifica a prática do dna fingerprint.

Análises Capilares

O cabelo é quimicamente estável, especialmente quando comparado com outros materiais fisiológicos, como o sangue, o semen ou outro qualquer fluido corporal. Assim, sendo resistente à decomposição, torna-se num tipo de prova quase ideal
Um fio de cabelo tem três camadas: a cutícula, o cortex e a medula. A parte mais externa - cutícula - consiste numa sobreposição de camadas que apontam para a ponta final do cabelo. O cortex contém grânulos que conferem a coloração e a medula é um túbulo vazio, que pode ser presente ou ausente, contínuo ou fragmentado, consoante diversos factores, entre os quais, a raça do indivíduo.
A nível forense, as caracteristicas estudadas são a textura do cabelo, a distribuição dos grânulos no cortex, o diametro e a presença ou ausência de medula. Assim, distinguem-se fragmentos capilares de animais e de humanos pela relação entre o diâmetro da medula e o diâmetro do cabelo, visto que esta proporção, nos humanos, é de menos de 1/3, enquanto que nos animais é de 1/2.

A análise capilar permite ainda definir, com alguma certeza, a raça do indivíduo ao qual pertencia o cabelo em questão, visto que há diferenças facilmente identificadas. A tabela abaixo descreve as mesmas:

Raça	Características
Caucasiana	Liso a tender para o ondulado, granulos de pigmentação distribuídos de forma regular, medula fragmentada ou ausente, zona de corte oval/redonda
Asiática	Pigmentação densamente distribuída, secção de corte redonda, presença de medula contínua
Africana Americana (nativos)	Encaracolado, com forte pigmentação e grânulos distribuídos de forma desigual. Possui variações de diametro e medula fragmentada ou ausente

In "The Forensic Science Project"

Semana de 5 de Fevereiro

Nos últimos dias temos tratado de publicar textos auxiliares à nossa apresentação, essencialmente baseados nos sites já aqui divulgados.

Paralelamente a isso, criamos a apresentação que será exposta no dia 15 de Fevereiro à turma, em powerpoint, cujo conteúdo se baseia num resumo das informações obtidas no período passado, na explicação da classificação e obtenção de impressões digitais, numa animação demonstrativa da técnica de PCR (reacção de polimerização em cadeia), numa análise das informações possíveis de obter através do estudo de rastos de sangue e, por fim, na importância das comparações capilares e processamento dos dados obtidos por estas.

Há ainda a acrescentar que a autópsia previamente marcada para dia 5 de Fevereiro foi novamente adiada, impossibilitando o nosso grupo de poder assistir à mesma. Assim, recolheremos posteriormente toda a informação obtida pelos elementos do D. Duarte que forem à autópsia, expondo-as a turma assim que possível.

Análise de salpicos de sangue

A análise das manchas de sangue fornece duas informações principais que ajudam a reconstruir a posição exacta do crime: a direcção do sangue e o ângulo de impacto com a superfície.

O formato das machas de sangue é circular a oval. Se o sangue cai directamente de cima, a mancha terá uma forma redonda, dependendo da textura da superfície; se a mancha for resultado de um disparo ou outro agente penetrante, uma mancha elíptica ou oval é formada. O eixo maior da elipse indica a direcção em que o sangue viajava. A partir desta análise, determina-se o ponto de convergência num plano bidimensional.

A mancha de sangue apresenta geralmente uma parte menos densa, em forma de cauda, que aponta para a direcção de onde a mancha foi projectada. Geralmente, o ângulo de impacto numa superfície plana pode ser obtido medindo o grau de distorção circular da mancha, através da equação trigonométrica sin (ângulo de impacto) = largura/comprimento da mancha. Este cálculo, combinado com o ponto de convergência, irá definir a origem da mancha no espaço tridimensional. Devido à existência de muitas manchas de sangue numa cena do crime, os investigadores desenham linhas com cordas ou usam software CAD para visualizarem o percurso das manchas de sangue.

Há outros princípios a ter em conta na interpretação das manchas de sangue:

- a textura da superfície é um dos componentes-chave na determinação do tipo de dispersão da mancha: quanto mais dura a superfície, menos a mancha salpica.

- quando o sangue atinge uma superfície dura mas lisa, geralmente fragmenta-se aquando do impacto, originando gotas mais pequenas que se continuarão a mover na mesma direcção da mancha principal.

A velocidade a que o sangue viaja influencia significativamente a sua forma: a elipse que a mancha forma torna-se mais alongada e fina com o aumento da velocidade. A altura da qual o sangue pinga também influencia a forma da mancha, aumentando o comprimento e a escorrência da mancha com a diminuição da altura. Finalmente, e como referido no início deste texto, o ângulo de impacto é um elemento influenciador na forma da mancha: um ângulo de 90º resulta numa mancha perfeitamente redonda, enquanto manchas alongadas resultam de ângulos progressivamente menores.

A análise efectiva de todos estes factores permite inferir, por exemplo, a posição dum disparo, e levar muitas vezes por si só à resolução de um caso.

In "The Forensic Science Project"

Textos-base

O texto anterior, assim como os que se seguem, têm como objectivo clarificar textualmente a informação que será apresentada à turma no dia 15 de Fevereiro. Deste modo, publicaremos os textos traduzidos e adaptados dos links que se encontram na divisão "Links Científicos", especialmente do site "The Forensic Science Project".

Devido ao trabalho realizado por nós com o intuito de apoiar a apresentação, decidimos também publicar esses textos, que de certa forma constituem a base teórica da apresentação. Para um melhor entendimento do texto, será aconselhável acompanhar a leitura com o site traduzido.

Classificação de impressões digitais

As impressões digitais podem ser divididas em três formações básicas, que são os loops, os arches (arcos) e os whorls (remoinhos). Os loops são linhas que entram e saem do mesmo lado da impressão digital, invertendo assim o seu percurso a meio do dedo. Os arches (ou arcos) são linhas que começam num lado da impressão, sobem em forma de colina e terminam no outro lado. Os remoinhos são linhas circulares que não entram nem saem de qualquer lado da impressão digital, formando várias imagens circulares.

O plain arch é o mais simples de todos os padrões de impressões digitais. O “tented arch” é muito similar, mas forma uma onda mais acentuada. O nome provém da forma das tendas canadianas.

Um loop tem de ter umas linhas a entrar e a sair pelo mesmo lado da impressão digital. Se abre em direcção ao dedo mindinho é chamado Ulnar Loop, se abre em direcção ao polegar é Radial Loop. Considera-se duplo loop qualquer impressão digital que contenha dois loops.

O whorl (remoinho) e o central pocket loop, têm, pelo menos, uma linha que faz o circuito completo, que pode ser encontrada na forma de espiral, oval ou outra qualquer variante de uma linha circular. Estes distinguem-se entre si traçando uma linha entre os dois deltas. Se a linha traçada toca nas linhas circulares, então é um Plain whorl, caso contrário é um Central pocket loop.

Qualquer outra impressão digital que contenha dois destes padrões (que não o plain arch, pois a coexistência deste com outro padrão é ignorada devido à sua simplicidade e ao facto de ser muito comum) é considerada acidental, não tendo, portanto, nenhuma característica específica.

Tendo em conta os conhecimentos adquiridos até agora, pensamos, num futuro próximo, recolher algumas impressões digitais da nossa turma e proceder à sua identificação.

Podem acompanhar a informação aqui fornecida com as imagens deste link -> Impresões digitais

In "The Forensic Science Project".

Semana de 29 de Janeiro

Nesta semana, os nossos esforços foram maioritariamente direccionados para o desenvolvimento do blog: personalizamos as formatações e ampliamos os conteúdos, no sentido de o tornar mais informativo e simultaneamente mais funcional e apelativo. Assim, introduzimos imagens e alteramos a disposição da informação, assim como os temas e cores da página.

Noutro âmbito, a interdisciplinaridade com Biologia continua a desenvolver-se, à medida que o programa desta disciplina vai abordando conteúdos programáticos que se relacionam com o nosso tema (tais como o já abordado DNA fingerprinting e, mais recentemente, o PCR – polymerase chain reaction).

Para concluir, recebemos a 1º resposta aos nossos requerimentos: o Instituto de Medicina Legal entrou em contacto connosco…para nos dizer que é impossível, neste momento, receberem-nos para uma visita de estudo às suas instalações. No entanto, nem tudo são más notícias: o mesmo IML mostrou-se disponível para nos conceder uma entrevista com um dos seus profissionais, a realizar presumivelmente no fim de Fevereiro.

Autópsia

Apenas um pequeno apontamento sobre a data da autópsia: por impossibilidade da turma do D.Duarte com que nós iamos, alterou-se o dia da mesma para dia 5 de Fevereiro, pelas 17horas.

Bases de investigação

Os links colocados na barra lateral, referentes às "bases de investigação", foram aqueles que nos levaram a escolher este tema, fornecendo simultaneamente as informações iniciais, e a partir das quais desenvolvemos toda a pesquisa.

Assim, as impressões digitais foram o primeiro ponto sobre o qual fomos investigar, levando-nos logo aí a questionar a fiabilidade deste método e a pensar em realizar comparações deste tipo no laboratório da nossa escola.

No que toca à crimeline, levou-nos a perceber a história e bases desta ciência, fomentando o nosso interesse na mesma.

Sobre o link referente ao DNA fingerprint, retiramos as ideias que nos permitiram evoluir no trabalho, assim como tomar conhecimento de casos verídicos da aplicação, com sucesso, deste
inovador método de investigação.

Links Científicos

Incluímos no nosso blog a secção "Links Científicos" que contém, a nosso ver, páginas com informação importante para o desenvolvimento do nosso projecto e que são frequentemente consultadas nas nossas pesquisas.

De entre estas destaca-se a página "The Forensic Science Project" que contém informação sobre todos os temas abordados no nosso projecto - análise de impressões digitais, de DNA, de salpicos de sangue e comparação de cabelos - apresentando para cada um, uma parte teórica introdutória bem como protocolos experimentais, constituindo deste modo uma fonte de informação extremamente completa e útil.

Semana de 22 de Janeiro

Nesta semana marcamos a data efectiva para a autópsia, a 2 de Fevereiro, às 17:00 horas, com a turma do 12ºA do Colégio D. Duarte, do Porto.

Desenvolvemos também aspectos interdisciplinares, ao apresentar o nosso trabalho na aula de Biologia, introduzindo o tema do DNA fingerprint à turma. Aproveitamos também os recentes conhecimentos adquiridos na aula, assim como trabalhos realizados pela nossa professora de Biologia, para aprofundar um pouco o carácter científico deste método de identificação que é a técnica do DNA fingerprint.

Aguardando ainda as respostas aos requerimentos enviados na semana passada, fomos também editando o blog, de forma a torná-lo mais informativo e, consequentemente, mais interessante.

Semana de 15 de Janeiro

Durante esta semana tratamos de realizar e aprimorar todos os pontos das nossas visitas, tanto ao IML como ao Laboratório da Polícia Judiciária, no Porto e em Lisboa, respectivamente.

Concluímos os requerimentos para ambos os locais, estabelecemos contactos com o intuito de podermos assistir a uma autópsia juntamente com uma turma do 12º ano do D. Duarte e definimos os pontos a abordar nas visitas.

Pretendendo estender o nosso conhecimento também a um nível mais prático, pensamos que estas três actividades serão de grande importância no desenvolvimento do trabalho.

Na próxima semana esperamos já obter as respostas aos requerimentos e ainda decidir a nossa forma de exposição intermédia e/ou final, pois tencionamos arranjar algo original, mesmo condicionados pelos dispositivos disponibilizados pela escola.

Criação

Criamos este blog com o intuito de revelarmos os progressos ao longo deste período, registando textualmente os desenvolvimentos que fizermos ao trabalho e publicando-os semanalmente aqui mesmo. Pensamos também ilustrar este blog com imagens das nossas visitas e outras relativas ao tema. Este é um blog ainda experimental, pelo que poderá ser grandemente modificado ou até substituído.